
Duas semanitas de férias no Verão, para relaxar e encontrar alguns tesouros. Fomos durante 4 dias para o centro da Serra do Gêres, não houve cá nada de meios turísticos, decidimos optar por uma residencial, ou algo do género, designado pelo nome "Casa do Preto", para passar uns excelentes 4 dias em plena natureza rural.

O Geocaching ficou um pouco de fora nos nossos planos.

Optámos por passear e ver as paisagens, mesmo com tesouros ao nosso lado.

Percorremos a Serra toda (Serra do Gêres, nada de confundir com o parque natural da Peneda), visitámos imensas aldeias rurais, fomos por trilhos nunca antes navegados por carros novos (meu rico carrinho), estradas onde passa o burro e já chega (ai, se aparece outro carro de frente como é que saímos daqui), uma verdadeira aventura rupreste.


Ficámos hospedados numa aldeia chamada "Pitões das Júnias", perto da fronteira com Espanha, onde, só por acaso, tinha lá um tesouro ao lado.

O tesouro estava dentro de um percurso pedreste, onde se podia visitar o mosteiro e a cascata. Fomos directos à cascata, um caminho muito sinuoso, muita terra e pedras, até chegarmos a um espaço amplo com uma vista panorâmica para a cascata. A cache estava ali mesmo ao pé, mas por inconveniência de francius a descansar perto do local, optámos por descer até ao fundo de tudo onde a cascata acabava. Se o caminho até ali tinha sido sinuoso, este era 3x mais díficil. Encontrámos uma cobrita, que a Navegante morreu de medo, mas lá conseguimos chegar abaixo.


Como é natural, abundava a água límpida e fria típica do Gêres. Ficámos algum tempo a molhar os pés e a descansar, para ganhar forças para voltar a subir o trajecto que fizemos. Após muito custo, lá chegámos ao ponto zero do tesouro. Cansadíssimos, e vendo que o tesouro precisava de um pouco de escalada, o Navegante não tinha forças para escalar (a rocha tinha um nivél alto) e a Navegante não tinha força para impulsionar o Navegante. Ficou o esforço em vão, mas uma vista e um trabalho de pernas fantástico para visitar a cascata.

As nossas voltas todos os dias começavam cedinho, e só voltávamos à hora do jantar. Nunca íamos pelo mesmo caminho nem voltávamos pelo mesmo. O que resultou numa área abrangida bastante grande da Serra do Gêres. Olhando para o mapa, parece-nos que falhámos pouca estradas. Viva o GPS, íamos sempre por estradas da serra e nunca pelas estradas nacionais.

Mas como não podia deixar de ser, fomos visitar a Vila do Gêres, o que a maior parte do pessoal conhece. Aí havia uma cache, onde só podia ser acedida através do rio com uma "Gaivota". Até aqui tudo bem. Mas depois de entrarmos na Gaivota, decidimos que iriamos desfrutar do lugar e não fomos buscar o tesouro. Pedalámos à fartazana... com tanto exercício devemos ter emagrecido alguma coisa...

Num outro dia, fomos especificamente a um lugar com uma cascata onde tinha um tesouro.

Cá em baixo na cascata havia imensa gente a tomar uns banhos numa água super limpa. Felizmente o tesouro estava colocado nas alturas... no cimo do monte. Irra, vamos ter de subir tanto... a Navegante ainda começou a acompanhar... mas desistiu ao fim de pouco tempo. Quando o Navegante chegou lá a cima... estava difícil encontrar o tesouro, o GPS não estava a ajudar, nem os pinheiros. Quando a Navegante finalmente chegou lá acima, foi logo mais fácil... Parece que a cache ficou com medo e mostrou-se.

Foram dias bem passados...


Contras do Gêres: carro cheio de bosta de vaca e boi.

É que por qualquer lado que passavámos era vacas no meio do caminho, bostas por todo o lado.

Quando chegámos à Régua, era tanta bosta, rodas, jantes, lateral, debaixo do carro... nem com duas lavagens saiu... Acho que agora já não tem :)

Para quem quiser encontrar algumas destas caches:
Row, row, row your boatThe RiverThe Waterfall