quarta-feira, maio 17, 2006

Caçadas nos Olivais

Hoje optámos por limpar a zona dos Olivais. Uma zona residencial com muitos cantos escondidos que estávamos determinados a encontrar.Começámos pela cache "Past and the future" onde, sem dar por nada, parece que entramos numa aldeia em plena cidade de Lisboa. Basicamente, é um recuar no tempo, calçada antiga, um pelouro no centro da praceta e várias casas antigas a preencher o quadro, sem faltar a população idosa, um lugar quase parado no tempo. Encontrar a cache não foi difícil, já começa a ser conhecida a técnica usada para esconder tesouros urbanos. Depois de fazermos o log sem ninguém dar por nada, fomos até à próxima cache mesmo acima da rua onde estávamos.

A cache seguinte é no meio da Avenida, algures numa estátua de ferro. O nome desta cache é a "Tin Man". Uma demonstração de arte contemporânea, engraçada para quem aprecia arte desse género... há gostos para tudo. Devido à localização em pleno centro da avenida, foi só o Navegante para não dar tanto nas vistas. Mesmo assim, era estranho ver alguém no meio de uma avenida, de rabo para o ar, a vasculhar todos os cantos de uma estátua. A Navegante ficou no carro a observar as figuras tristes. Quando o Navegante estava quase a desistir (já não havia mais buraco onde procurar), conseguiu dar com ela.

Ainda nem uma hora tinha passado e já tinhamos devorado duas caches. Faltava a última, o "Vale do Silêncio". Era mesmo ali ao lado, do outro lado da avenida. Um parque enorme, cheio de árvores, relva e caminhos para as pessoas darem as seus passeios no meio da natureza. Realmente ficámos surpreendidos porque não estávamos nada à espera de encontrar um parque tão giro e grande. Encontrar a cache tornou-se um desafio. Estava colocada no meio de um aglomerado de árvores e a cobertura gps não é muito boa. Optámos pela famosa técnica dividir para conquistar, percorremos várias àrvores (não muitas) e demos com o tesouro. Esta cache estava disfarçada de "pedra".Depois de termos limpo a zona dos Olivais fomos às compras, mas isso agora não interessa!

Para quem quiser saber mais informações sobre estas caches, tem aqui os links:
Past&Future
The Tin Man
Valley of Silence

Serra da Estrela

O Navegante tinha preparado um surpresa para a Navegante! Uma ida à Serra da Estrela. Como a Navegante nunca tinha lá estado, era uma boa oportunidade para juntar o geocaching com uma iniciativa romântica.
Como é natural, a viagem teve outro impacto quando se sabia à partida que ainda havia neve. A Navegante saíu de casa a saber apenas que se tratava de uma viagem comprida e que era uma surpresa.

Quando chegámos à Covilhã, a Navegante descobriu o destino final da nossa viagem, agora também era um bocadinho difícil esconder! :D Demorámos perto de 3 horas a chegar à Serra, estacionámos, e fomos a correr para a Neve. Já vinhamos com água na boca no carro só de ver tanta neve junto à estrada.O Navegante ainda aproveitou um saco de plástico para praticar a modalidade "Sku", arranjou uma descida inclinada (bem inclinada), e escorregou pela encosta abaixo. A Navegante, a princípio entusiasmada com a Neve, depressa ficou apreensiva com o facto de se enterrar na Neve, principalmente junto às rochas, não fosse torcer um pezinho!
A muito custo o Navegante conseguiu convencer a Navegante a fazer "Sku", não sozinha, mas juntamente com o Navegante no mesmo saco de plástico (era um grande saco!). Da primeira vez fechou os olhos, mas da segunda já não! Ela diz que gostou, mas tenho as minhas dúvidas :D
O chato mesmo era ter de voltar a subir para descer, muito, muito cansativo, mas quem corre por gosto não cansa! :D Para além disso, ainda fiquei com os ténis e os pés completamente encharcados... chop, chop, chop...Depois destes momentos bem passados, fomos em direcção ao carro buscar o GPS para ir procurar a cache. Mas espera, olha, a telecadeira está a funcionar! Vamos lá dar uma voltinha! No ínicio é engraçado, mas depois é cansativo, demora algum tempo (o que dá para compensar o dinheiro que se paga), mas as pessoas que vinham na cadeira atrás eram umas gralhas, não se calavam um minuto e gritavam/falavam muito alto, (conferência de cadeira para cadeira).
Depois de finalmente termos satisfeito todos os nossos caprichos, fomos buscar o GPS para encontrar a cache mais alta de Portugal Continental. Começámos a seguir o caminho, quando reparámos num acampamento de turistas a almoçar em pleno espaço da cache! Bolas, devíamos ter feito a cache logo no ínicio quando havia pouca gente. Mas vamos lá tentar... chegámos ao local da cache (felizmente ninguém em cima dela), disfarçámos para que ninguém percebesse o que estávamos a fazer, mas não conseguimos enganar dois cães serras da estrela bebés que vieram ter connosco! A Navegante apanhou um susto com o bafo deles mesmo ao lado da carinha dela, não tinha reparado neles...Depois de termos feito o log, fomos à procura de um lugar calmo para almoçar. Não muito longe encontrámos uma capela antiga (abandonada) junto a uma casa em ruínas. Decidimos estacionar o carro na berma da estrada e pusemos pés a caminho... nunca pensámos que era tão longe, parecia que nunca mais chegavámos. Montamos a toalha improvisada de guardanapos e comemos o nosso almocinho. Depois, na volta para o carro, o almoço foi-se só com o percurso até lá :)A segunda parte da surpresa do dia ainda estava para vir. Havia mais um lugar que o Navegante queria mostrar à Navegante. Uma aldeia feita de Xisto (Piodão). Pusémos o GPS a fazer "routing" e lá fomos nós por caminhos entre montanhas, curvas, subidas e descidas sem fim. Parecia que nunca mais chegávamos. Quando estávamos quase a chegar, o GPS mandou-nos por um caminho de "cabras", onde só passa um carro de cada vez :). Aqui tivémos oportunidade de apreciar algumas cascatas naturais e percursos de água. Aqui nesta zona também existe uma cache, mas o objectivo era ir passear na vila. Optámos por deixar a cache para uma próxima vez, já que é dentro de um percurso pedestre e dessa forma poderemos aproveitar melhor as paisagens.Na volta para casa, pusemos o GPS a funcionar outra vez, mas parecia que nunca mais chegávamos à auto-estrada. Quase parecia que o GPS nos estava a enganar. Mandou-nos por caminhos inacreditáveis (não sei se eram os mais curtos), mas a verdade é que não se via viva alma. Eram caminhos cheios de árvores de um lado e outro, com o sol a trespassar os seus ramos. Um passeio fantástico!Para mais informação sobre a cache na Serra da Estrela, basta seguir o link:
Up, up, up

O outro lado do Aqueduto

Hoje foi o primeiro dia que fizemos umas caçadas com apoio 3G. Foi em grande, uns verdadeiros maníacos tecnológicos. Começámos a caçada na companhia do Sismeiro e a primeira cache no caminho situava-ve no concelho de Loures. Uma cache colocada especialmente para trocar brinquedos, que dá pelo nome de Toy Box. O dia não estava muito convidativo ao geocaching devido às chuvas intensas que tinham ocorrido nos últimos dias e uns chuviscos de manhã, mas mesmo assim optámos por ir à aventura.

Quando chegámos ao local, deparámo-nos com um lamaçal imenso. É óbvio que um verdadeiro geocacher não desiste sejam quais as adversidades que se encontrem. Pusemos pés na lama e lá começámos a caminhada... O Navegante alertou logo para o péssimo estado do caminho, mas ninguém quis dar-lhe ouvidos! O Sismeiro já tinha passado um pequeno charco e tinha sujado os ténis de lama, a Navegante não queria desistir já e, como a união faz a força, lá fomos todos sujar os ténis! Percorridos...hmmm...hmmm... 70m... o Sismeiro conclui graciosamente que o caminho não estava em condições, a Navegante concordou e, no fim, quem tinha razão era o Navegante! No fim do caminho de volta, tinhamos alguns kilinhos de lama agarrados ao calçado.

Todas as caches que tinhamos planeado para o dia eram em terrenos com lama. Começámos a ficar um pouco desiludidos com o facto de não fazer nenhuma cache hoje. Foi então que o Sismeiro se lembrou que tinha o portátil na mala e a sua placa 3G. Toca de fazer uma pesquisa rápida na net sobre caches nas redondezas, e que não implicassem a malta sujar-se. Conseguimos encontrar a Waterworks, onde o objectivo era dar a conhecer o início do aqueduto. Pusemos os gps's em routing e fomos até ao local.
Quem encontrou a cache foi a Navegante, debaixo de umas pedras, dentro do típico saco de plástico preto. Fizémos o log e voltámos a pôr tudo no sítio."Ainda é cedo, bora lá ver outra vez a net sobre mais alguma cache na zona.". Havia uma cache que o Navegante e o Sismeiro já tinham tentado há uns tempos atrás e não tinham conseguido, a "Kind of Magic". Optámos por dar lá um saltinho, desta vez com a ajuda da Navegante.
Foi em menos de 5 segundos que encontrámos a cache, o problema era conseguir abri-la. Fizemos algumas rondas pelos 3 a ver quem conseguia abrir, até que o Navegante conseguiu dar com o jeito para abrir a cache. Depois percebeu-se a mecânica da cache e ficámos todos contentes pelo sucesso. Voltou-se a pôr no local e deram-se por encerradas as caçadas.

Os links para as caches são os seguintes:
A kind of Magic
Waterworks