
Desta vez fomos apoiar uma iniciativa da Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto de Rio Maior. A iniciativa intitulava-se "Desporto na Natureza", onde alguns Geocachers nacionais foram convidados a dar uma palestra sobre o que era o Geocaching. A afluência de estudantes não foi muita, afinal de contas era uma manhã de Sábado, mas mesmo assim estava quif-quif para os dois lados entre geocachers e estudantes. A palestra focou o Geocaching, como funcionava o GPS, as diferenças entre diversos dispositivos disponíveis com GPS (pda, telemóveis, receptores de gps), os diferentes tipos de caches que podiamos encontrar, com fotos de geocachers em plena acção à mistura, para aliciar os presentes.

Após uma manhã preenchida de conhecimento, os estudantes foram para casinha almoçar. Já nós, geocachers, ansiosos por abrir "as hostilidades", pegámos no piquenique e fomos todos para as "Marinhas do Sal", ao pé das barracas de madeira, numa esplanada junto às salinas. Acontece que o pessoal levou tanta comida, que sobrou imenso! Pelo menos, já não tinham de se preocupar com o jantar. Foi um convívio engraçado, deu para conhecer mais Geocachers, inclusivé os nomes próprios. Coisa muito complicada com tantos nicks à mistura.



Enquanto os estudantes não chegavam ao local, para começarmos o percurso pedestre onde se encontravam as caches do evento, ainda deu tempo para fazer uma cache mesmo ali ao lado (Água e Sal). Nós e mais quatro geocachers, demos lá um pulinho. Foi bastante fácil encontrar o tesouro. Gozámos no log com o facto de ser dia 1 de Abril, o dia das mentiras.
Por sermos muitos, optou-se por dividir os geocachers em 5 grupos e espalhar os estudantes pelos mesmos. Enquanto alguns grupos começavam por um lado do percurso, outros iam no sentido oposto. Assim garantíamos um bom andamento e não tinhamos de estar à espera uns dos outros para encontrar os tesouros.

Pusemos pés ao caminho por um carreiro, até ao primeiro tesouro. Tivemos que esperar um pouco antes de avançar, pois o grupo da frente ainda lá estava a fazer o log. Quando foram embora, foi a nossa vez de atacar o tesouro. Estava numa casa abandonada, já em ruínas, com umas quantas vespas à mistura (parece que houve vítimas noutros grupos). Não foi difícil encontrar, o espaço não era muito para a quantidade de receptores de gps que a malta levava!

Voltámos ao trilho, desfrutámos de uma paisagem magnífica entre eucaliptos, pinheiros e uma vinha, até chegar ao próximo tesouro. O ambiente estava convidativo para uma sesta debaixo de uma sombra. O calor era agradável e cheirava a Primavera! Mas tinhamos de continuar e no spot seguinte encontrámos um tesouro cheio de brindes: um saco de berlindes, paletes de balões de ar, travel bugs e outros acessórios. Passámos algum tempo a descontrair, com algumas tentativas de encher balões frustradas, e a tirar umas fotos.

Estava na hora de voltar ao percurso, não nos queríamos atrasar muito. Aqui encontrámos as nossas primeiras dificuldades no caminho. Pelo facto de mentes "menos inteligentes", que não sabem o que é um percurso pedestre, praticarem motocross no mesmo, o caminho estava um rio de lama. Mas conseguimos vencê-lo. Pelo caminho encontrámos um dos grupos que vinha em sentido contrário. Demos umas palmadinhas nas costas, tentámos sacar informações sobre os tesouros que ainda faltavam, mas de ambas as partes ficou tudo na mesma, ninguém disse nada.
Neste tesouro nem foi preciso sair do caminho pois a dica dizia que estava no cimo de um monte de pedras e que não era preciso tirá-las do sítio, logo, presumiu-se que se trataria de uma cache camuflada de pedra. Após uma procura minuciosa, encontrámos o tesouro. Mais propriamente, a Navegante encontrou o tesouro. Depois, quando voltamos a camuflar a cache, nada parece como antes. Parecia sempre demasiado óbvio, onde quer que colocássemos, mas afinal é mesmo isso, quando se sabe o que é, é sempre mais fácil.

Retomámos o nosso percurso e dirigimo-nos para o tesouro que tinha levantado alguma polémica na hora de almoço, pois havia quem não tivesse conseguido encontrar. Estávamos curiosos por saber do que se tratava. Chegados ao local (uma fonte), vasculhámos tudo o que era buraco. Até que alguém se lembrou de abanar as gaiolas de madeira que estavam penduradas no telhado. Depois foi o Navegante (de estatura mais elevado do grupo) que se aventurou no rebordo da fonte para alcançar o tesouro e tirá-lo cá para fora. Coisa que só conseguiu com o apoio da Navegante, que lhe segurava nas pernas. Há que dar os parabéns à originalidade deste tesouro. Afinal, não é todos os dias que alguém se lembra de comprar meia-dúzia de gaiolas todas iguais e pendurar numa fonte.

Finalmente, só faltava um tesouro. Este tesouro encontra-se num local alto, pelo que tem uma excelente vista para as salinas. Daqui avistámos o pessoal que já estava a acabar o percurso.
Quando chegámos ao local de encontro, já o pessoal se reunia para tirar a foto de grupo. Juntámo-nos todos e "click" para a posterioridade.

Para mais informações sobre este evento e as caches envolvidas, basta seguir os links:
Geocaching na EscolaGnE I - TalhoGnE II - PicotaGnE III - MarinheiroGnE IV - RegueiraGnE V - Casa de MadeiraÁgua e Sal